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Dos sonhos

31.07.15

Isto é quase um guilty pleasure mas há um raio de uma música, de uma banda improvavelmente chamada Scooter, que eu adorava quando eu era puto. Mas, vá lá, percebi depressa que era mesmo só essa. Então comecei a ter um sonho que me surgia especialmente quando andava pela enorme loja da Valentim de Carvalho que existia no Rossio (há quem se lembre? Foi lá que comprei os meus primeiros cd’s e os meus primeiros livros). O sonho era o de que um dia eu pudesse comprar só as músicas que queria, assim, ia logo comprar essa Break it Up dos Scooter, sem ter que comprar o CD todo.

O tempo passou e hoje o meu sonho está tão facilitado que já nem sequer tenho que comprar a música. Posso, pelo valor de uma assinatura mensal, ouvir quase toda a música que eu posso querer. Tudo começou com a Apple Store que permite comprar apenas um tema, mas agora com o novo Apple Music pode-se ouvir tudo o que se quiser. Também há o Spotify e, sinceramente, estou mesmo muito dividido entre um e outro. Enquanto o Apple Music está gratuito, vou usando os dois, mas um destes dias vou ter que decidir.

Enfim, a tecnologia às vezes faz com que alguns sonhos se cumpram, e garanto que a música dos Scooter (hoje já não gosto tanto, tá?) foi uma das primeiras que pus a tocar no iPhone logo que subscrevi o serviço.

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Já que hoje é dia do livro vou falar de uma coisa diferente: um jogo de consola. E porquê? Porque eu ando há imenso tempo para ler As Cruzadas Vistas Pelos Árabes, de Amin Maalouf mas, desde que li o Samarcanda, fiquei desanimado. Bom, no outro dia a coisa resolveu-se, e da maneira mais inesperada. Estava eu a jogar Assassin’s Creed na Playstation quando me lembrei do livro. O jogo é verdadeiramente interessante (mas também chato, às vezes) porque a ação ocorre durante o tempo das cruzadas e em algumas das cidades mais importantes (Damasco, Jerusalém). O jogador é um dos assassinos de uma seita que existiu realmente. Mas andar ali de um lado para o outro, a saltar telhados e a localizar “inimigos” fez-me largar a consola e pegar no livro. E em boa hora o fiz. Primeiro, porque o livro é fantástico e lá fiz as pazes com o Maalouf. Segundo, porque o jogo se tornou muito mais interessante, agora que estou ainda mais envolvido no contexto histórico.

 

Isto tudo para dizer que no mundo de hoje, onde se fala tanto do declínio do livro, ele continua a ser o melhor dos companheiros, até para jogar playstation.

 

Bom dia do livro!

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Há quase sete meses que comecei a correr. Ainda hoje não acho estranho, nada podia estar mais longe das minhas intenções. Os únicos desportos de que gosto são andar de bicicleta (como passeio ou, às vezes, como transporte para o trabalho) e nadar. Mesmo assim, nunca os pratiquei com a regularidade que devia.

Isto de correr começou de forma bem discreta, deve ser por isso que chegou a este resultado. Precisei de começar a fazer umas caminhadas porque o meu cão estava um bocado gordo. Não é que ele concorde mas, em todo o caso, mesmo com os seus 13 anos, não deixou de achar uma certa piada, e pareceu-me que gostou. No princípio, confesso que me chateei um bocado com a ideia de “tempo perdido”. Lá ia com ipod para ouvir música (o cão é surdo, não dá para conversarmos muito…). Até que descobri as maravilhas do itunes, ou seja, o itunes U. A coisa consiste na gravação de aulas que depois são disponibilizadas para download gratuito. É tão fantástico que custa a acreditar, mas vejam no google ou na apple e vão perceber. Desde o Verão passado, já fiz um curso de história da Europa medieval e dois sobre a história da Grécia Antiga (agora estou num sobre Roma). Para quem não quiser cursos completos há também a hipótese dos podcasts. Há para todos os gostos e sobre todos os temas. Claro que a grande maioria de tudo isto é em inglês mas já há alguns conteúdos em português (lembro-me, assim de repente, de umas coisas da Universidade de Coimbra). Mas isso também é bom, serve de treino.

Ora, isto fez com que deixasse de ver os meus passeios com o cão como tempo perdido. Passou a ser um momento do dia em que ia “prás aulas”. E, posto isto, ao ver, durante esses passeios, tanta gente a correr, comecei a pensar que podia fazer o mesmo. Ou seja, aproveitaria ainda melhor o meu tempo - fazer algum exercício e “assistir” às minhas aulas.

Entretanto, o tempo começou a deixar de estar tão bom e o cão passou à versão xixi-casa, sem querer nada com os passeios (mas consegui que ele perdesse uns bons quilos). Por isso, lá tenho ido correr. Muito pouco ao princípio, agora um bocadito mais (corro cerca de 1 hora/10 Km). Durante os primeiros tempos a única coisa que levei no ipod foi música. Ela é importantíssima como forma de me motivar, de me fazer correr mais. Agora, que já gosto muito, mesmo muito, de correr, já posso fazer coisas mais “chatas”. Por isso, já divido a corrida ao meio. Dedico a primeira parte a cursos ou audiolivros (estou a ouvir um sobre Sócrates, da coleção Very Short Introductions, da Universidade de Oxford - muito interessante, mas este não é grátis). A segunda parte, mais exigente em termos físicos, é acompanhada por música. E às vezes passo um bocado para outro mundo.

 

De repente, já percebi que as pessoas não correm só para emagrecer, não correm só para se manterem saudáveis, não correm só porque querem ter umas pernas com bom aspeto. As pessoas também correm porque correr é bom, e isso eu não sabia, nem nunca tinha imaginado. É preciso algum esforço, claro, especialmente no início, mas depois passa a ser um prazer. No meu caso, graças ao facto de poder “ler a correr”, esta atividade conjuga-se na perfeição com aquilo que gosto. E os meus “icoisos” (forma de dizer iphone, ipod, ipad, etc) tiveram um papel determinante. Finalmente, o espaço onde corro. Podem ver na foto. Acredito que tambám faz a diferença.

 

Talvez volte ao tema de vez em quando. Entretanto, este texto serve também para inaugurar a nova secção de links, dedicada a blogs sobre corrida. Experimentem o “Corre como uma menina” que, para além de ser bom para iniciantes, é bastante divertido de ler.

 

E tenho que ter mais atenção a atualizar e enriquecer os links. Há por aí muitos e bons blogs que leio mas não partilho… Enfim, consequências de utilizar o Google Reader (que, já agora, é a melhor forma de ler e gerir blogs).

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Durante muito tempo, hesitei na compra do Kindle. O grande motivo foi a parte de sublinhar e escrever notas. Há livros que só interessa “trabalhar” quando podemos escrever neles. Refiro-me mais a livros “técnicos”, aqueles que servem para aprender. Por outro lado, os romances também dão vontade de sublinhar – ou porque alguma frase nos chama a atenção, ou porque há alguma coisa que queremos rever mais tarde.

Por isso, um ereader tinha que me permitir fazer isto. Pensei em optar por outro, que não o Kindle, porque este não tem caneta. Há modelos que permitem escrever à mão.

Agora que tenho o Kindle, já percebi melhor como é que isto funciona. E devo dizer que funciona muito bem.

Um exemplo: tenho muita dificuldade, em alguns livros, em me lembrar dos nomes dos personagens. Isto pode ser frustrante quando se lê Agatha Christie e se chega ao fim sem perceber muito bem quem é o assassino… Bom, fora isso, tenho que, às vezes, andar com um post-it no livro para não me perder. Na versão Kindle é muito mais prático. O Kindle permite sublinhar e inserir notas. Ora, basta-me abrir uma nota, num sítio qualquer do livro mas, por conveniência, para as minhas lista de personagens faço-o no início, e depois, cada vez que aparece uma nova personagem, abro a nota e adiciono-a, com uma pequena descrição de quem é. O que é muito conveniente é que é muito simples aceder às notas. Com dois cliques lá estão elas. Ainda não experimentei mas este ficheiro, que reúne as notas e os sublinhados, pode ser passado para o computador. O que faz com que trabalhar citações ou transcrições seja muito mais prático.

Sublinhar também é muito simples. Basta mover o cursor ao longo do texto que se quer destacar. E fica registado no tal ficheiro, caso se queira ver fora do livro. Se não, basta abrir o livro e consultar o que se sublinhou.

Para além disto, há outra forma de destacar conteúdos, trata-se do bookmark. No fundo é o mesmo que dobrar o canto da follha num livro em papel. Adiciona-se um bookmark e fica desenhada uma dobra naquela folha. Através do tal ficheiro, é possível aceder, de forma rápida e prática, a todas as marcações.

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O Kindle é para ler livros, certo. No entanto, tem outra funcionalidade muito interessante – a leitura de jornais e revistas.

 

O melhor é assinar a revista. Para já, experimentei com a Time. Quando ligo o Kindle, de manhã, se for dia de sair a Time, ela simplesmente aparece automaticamente. Não tenho que ir comprar e paguei 3 dólares por mês pelo serviço (4 revistas).

 

Qualquer destas assinaturas é gratuita nos primeiros 14 dias. Por isso, agora ando a experimentar várias, para ver qual a que gosto mais.

 

Também subscrevi um jornal. Aqui a coisa é mais complicada, porque não consigo ter tempo para ler tudo o que o meu Kindle recebe. A ver se no fim-de-semana recupero.

 

De qualquer forma, há uma ajuda que ele me dá: a funcionalidade text-to-speech, um software que põe o Kindle a ler em voz alta. Assim, posso estar a ler uma revista e entrar no carro, ponho o Kindle a ler e vou a ouvir o resto do artigo. Posso escolher uma voz feminina ou masculina, bem como a velocidade de leitura. Claro que a voz tem o seu quê de artificial, no entanto, parece-me que é das melhores coisas que se conseguiram neste sentido.

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Pois é, já tenho o Kindle, já li o meu primeiro livro e, para já, estou encantado.

 

Em primeiro lugar, o visor é espetacular. Ler no Kindle não é muito diferente de ler em papel. E é isso que faz toda a diferença. Até agora, não se podia pensar num ereader como uma verdadeira alternativa ao livro em papel, assim já o é. Para além de ser confortável, a possibilidade de alterar o tamanho da letra faz com que a ler seja mais fácil. Está menos luz, aumento o tamanho, tão simples quanto isso. Também já experimentei ler ao sol e correu lindamente.

 

Bom, mas, afinal, para que serve um Kindle? Serve para ler, pois claro. Aqui ficam algumas das vantagens face aos livros em papel:

            - posso ler enquanto almoço, por exemplo. Não é difícil pôr o Kindle à frente do prato e ficar a ler; quem tenta fazer isto com os livro, bem sabe como é difícil manter as páginas quietas…

            - posso fazer, em qualquer lugar, o mesmo que lá em casa: quando não sei muito bem o que ler percorro vários livros, abro-os ao acaso, vou explorando. Neste momento, tenho mais de 40 livros no Kindle (todos gratuitos) e, por isso, posso ir lendo o que mais me apetecer em cada momento

            - vou ler muito mais livros na língua original. Para já, inglês. Como o aparelho vem com um dicionário, é muito mais fácil. Qualquer dúvida, é só levar o cursor até à palavra e aparece a definição, em baixo, sem se sobrepor ao texto

            - comprar livros num minuto. Já aconteceu, acabei de ler o Twilight (sim, há anos que não lia um best-seller e este é bem… empolgante) e comprei, ali mesmo, num banco de jardim, o New Moon. Ao fim de uns segundos, estava a lê-lo

            - qualquer livro que eu queira, posso ler um pouco primeiro, é só pedir o sample e ele aparece no meu Kindle. Isto também é uma desvantagem, acho que vou gastar muito mais dinheiro em livros…

            - o Twilight ficou-me em menos de 8 euros; o New Moon pouco mais que isso. Poupei uns 10€, ou mais (em cada um), em relação à edição portuguesa em papel

            - livros grátis. É ir ao Projeto Gutemberg e são aos milhares.

 

Não obstante, não pretendo deixar de ler livros em papel. Nem percebo porque é que uma coisa implica a outra. Há uma série de detratores dos ereaders que costumam usar argumentos como “não há nada como um livro em papel”. Bom, posso concordar. Mas este argumento está ao mesmo nível que o das pessoas que comem carne, em relação aos vegetarianos: “não há nada como um bom bife”. A questão não é o fim dos livros, é apenas lê-los de uma forma mais prática, conforme aplicável. Por exemplo, não faz sentido ler um livro de história da arte num Kindle. Aí interessa folhear, ver as imagens, etc. O Kindle é fantástico para ler romances, texto corrido. Nisso, é muito mais prático do que um livro em papel. Se não gostarem, continuem a ler em papel. É uma questão de gosto, apenas isso.

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A chegar...

13.07.10

Diz-me a Amazon que já vem a caminho...

 

Dentro de poucos dias vou ter um Kindle!

 

http://www.amazon.com/Kindle-Wireless-Reading-Display-Globally/dp/B0015T963C/ref=amb_link_340329822_2?pf_rd_m=ATVPDKIKX0DER&pf_rd_s=center-1&pf_rd_r=0PQ3RTFA8ZMRC2T199VP&pf_rd_t=101&pf_rd_p=1267053662&pf_rd_i=507846

 

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