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De Hamsun, li Fome e Pan. Se o primeiro me impressionou sem me deixar apaixonado; o segundo, não me deixou com nada. Estou a escrever isto e a tentar lembrar-me do livro e... nada. O que vale é que, nestas coisas, nem sempre respeito as minhas sensações. Ou talvez as respeite mesmo muito. É que este Mistérios atraiu-me desde que ouvi falar nele na TSF. Não liguei muito por causa das experiências anteriores com o autor. Só que o livro não me largou - sim, sim, às vezes, eles andam mesmo atrás de nós, perseguem-nos durante anos, aparecem quando menos os esperamos e, quando já pensávamos ter esquecido, lá estão eles outra vez. Posto isto, lá me pus a ler. Fiquei imediatamente agarrado, o que era a melhor coisa que podia acontecer para que eu não desanimasse. Mas não havia esse risco. Mistérios começa com um homem que chega a uma terra, e pouco explica sobre quem ele é e o que lá está a fazer. Na verdade, o texto alterna entre dois tons - um de narrativa mais tradicional, onde o narrador conta a história; e outro, muito mais interessante, que desafia e desconcerta o leitor. Na passagem entre um e outro tom somos apanhados desprevenidos mas, no meu caso, somos deliciosamente levados. Senti que o interesse do livro se vai perdendo um pouco à medida que avança. Ainda assim, desta vez, foi memorável.

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Apesar de este ser um dos livros mais famosos de Hamsun, confesso que não fiquei particularmente impressionado. Não há muito que aconteça aqui, como também nada acontecia em Fome. No entanto, também não há aqui a viagem interior que tornava Fome tão interessante. Parece-me dispensável. Se bem que terei que espreitar uma nova tradução para ficar com a certeza. Esta que li parece-me demasiado distante da intenção do autor.

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Há livros que são autênticas revoluções, depois deles, nada fica igual. Deste até se diz que é o início da literatura moderna. E nada disto eu sei. Apenas sei que o li como um livro interessante, uma exploração interior na qual não se chega a perceber se acontece alguma coisa ou não. Nem se sabe muito bem se o que acontece é real ou imaginação e, finalmente, é fácil concluir que nada aconteceu. Pois, este Fome é um livro sobre o ser interior, sobre testar limites do corpo que são, afinal, testados pela mente, parece ser ela que mais sofre quando o corpo é privado de comida. De qualquer forma, é ela quem toma as decisões.

O que verdadeiramente surpreende neste Fome é pensar que foi escrito há tanto tempo, em 1890. Hoje em dia, ler um livro deste tipo é relativamente fácil (tão bem escrito é que já será outra história, bem diferente). Porém, ler algo assim com mais de um século de existência já não o será.

Para uma análise mais completa veja-se o prefácio/ensaio de Paul Auster. A partir deste, até parece ser Fome um dos livros mais importantes da história da humanidade. Pode parecer exagerado mas tudo o que Auster diz está bem justificado e, de certo modo, é um texto tão interessante que pode não se acreditar em nada mas ter-se, mesmo assim, bastante prazer a lê-lo.

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