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Este livro é, em grande parte, uma coleção de pérolas.

 

E. M. Forster - um dos autores da minha adolescência. Fico sempre com a impressão de que ele era mais querido do que capaz. Que era mais culto do que os seus livros mostram. Mas numa entrevista aparece a pessoa, o intelectual, e eu volto a ter saudades de o ler.

 

Graham Greene - pronto, tá bem… Parece-me um escritor menor no contexto deste livro. Parece-me também uma entrevista mais “técnica”. Nada que fique, mas nada que ofenda. Nunca li.

 

William Faulkner - talvez um dos escritores mais geniais do século XX. E nota-se que é qualquer coisa.

 

Truman Capote - Capote é Capote. Como pessoa é um bocado irritante, mas isso dá uma corzinha à entrevista…

 

Ernest Hemingway - não sabia que uma entrevista com ele pudesse ser tão interessante. Nunca tive grande simpatia pela pessoa, nem a escrita me convenceu ainda. Mas depois disto fiquei cheio de vontade de lhe dar mais uma ou duas oportunidades.

 

Lawrence Durrell - é o que menos conhecia e pareceu-me relativamente interessante. Poucos dias depois, nem de propósito, saíu uma nova edição do Quarteto de Alexandria. Talvez um dia…

 

Boris Pasternak - esta é mais a história de uma entrevista do que a entrevista propriamente dita. Mas é um dos momentos altos do livro.

 

Saul Bellow - Eu tenho mesmo que ler com urgência. Pareceu-me um dos entrevistados mais interessante em termos intelectuais.

 

Jorge Luis Borges - Claro que Borges é sempre uma figura incontornável. Tem um peso incrível. E sente-se isso.

 

Jack Kerouac - Achei uma nulidade. Vulgar e fútil. Mas o problema deve ser meu, que sou a única pessoa que conheço que não consegue ler o Pela Estrada Fora, apesar de já ter tentado mais que uma vez.

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"O talento essencial para um bom escritor é ter implantado em si próprio um detetor de merda à prova de choque. É esse o radar do escritor e todos os grandes escritores o tinham"

 

Hemingway in Entrevistas da Paris Review

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Em Junho de 2009, neste mesmo blog, escrevia eu que tinha que ler mais Hemingway. Tinha lido o Adeus às Armas numa tradução que detestei. Só agora, passado todo este tempo, voltei a lê-lo. Desta vez, não tenho reparos a fazer à tradução, mas continuo pouco convencido em relação ao escritor.

É claro que este é um livro que vale bem a pena ler. Gostava era que, sendo ele como é, tivesse menos umas 200 páginas, creio que não se perdia nada. E ganhava-se muito.

Há aqui dois planos a considerar: a história de amor que vai ocorrendo ao longo do livro, a qual, apesar de um ou outro momento a fugir para o pindérico, tem o seu quê de romance empolgante e enternecedor.

Mas não foi por isso que eu me pus a ler este livro, a ideia era chegar à guerra civil espanhola, assim como no Adeus às Armas o que eu queria era a Grande Guerra. Bom, de facto, os livros de Hemingway são extremamente eficazes em colocar-nos “lá”. Passamos uns dias com os guerilheiros nas montanhas. Pena que eles sejam tão pouco interessantes como pessoas. De qualquer forma, vão contando coisas sobre a guerra, vão-nos fazendo mergulhar no conflito, com uma perspetiva bem de dentro, talvez demasiado. Apetecia-me saber mais sobre os contextos, sobre as razões que levaram ao conflito. Mas o livro não é sobre isso, paciência (as tais 200 páginas a mais podiam ser…). Como não tenho nada que querer mudar as intenções do autor, suponho que não me posso queixar  muito. Continuo à espera de encontrar um Hemngway que me convença, no qual eu sinta um grande escritor, não apenas “jornalista” a descrever a ação. Pode ser que encontre, ou pode ser que não lhe volte a pegar. Não saio desta leitura com a sensação de tempo perdido, mas também não ganhei assim tanto, e da guerra civil espanhola, apenas fiquei a conhecer melhor algumas atrocidades.

Já agora, as considerações sobre os espanhóis são tão interessantes quanto absurdas. E isso é polémica que até traz um certo picante à obra.

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Interessante romance sobre a época da Grande Guerra. Hemingway é um mestre na acção, no ritmo que impõe. Não há nada de supérfluo nesta escrita, o que até a parece tornar um pouco pobre – sobretudo nos diálogos.
 
O livro vale essencialmente pelo retrato que vai fazendo da guerra. Não que haja grandes contextualizações ou explicações. No entanto, na simplicidade dos acontecimentos, vai-se podendo desenhar um retrato mais amplo. A imaginação do leitor é desafiada pela escrita pouco pormenorizada de Hemingway. Depois, numa outra vertente, há uma história de amor, a qual, tendo o seu interesse e até sendo comovente, desvia o romance para um ângulo que não é tão estimulante como o da Guerra.
 
Não me sinto, porém, muito à vontade para falar deste livro. A tradução pareceu-me tão duvidosa que não sei exactamente de onde vêm alguns dos defeitos que se podem apontar à obra. Há que ler mais Hemingway (noutra tradução) para perceber melhor. O próximo, está na lista: Por quem os sinos dobram.

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