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Quase, quase...

16.10.13

Eu sei que isto tem andado parado. Tenho vários livros que já li há algum tempo e que ainda não consegui "postar". Tenho milhares de coisas para contar sobre as férias e não estou a ver que algum dia tenha tempo.

O regresso de férias coincidiu também com uma mudança profissional. Mesmo sítio mas novas funções. Por isso, tenho andado um bocado sem tempo para o blog.

 

Mas já aí vem novo post e a promessa de mais.

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Há viajantes que defendem que, em viagem, se deve ler um livro que nada tenha a ver com o sítio onde estamos, ou com a viagem. Não sei se concordo. Faço uma coisa e faço a outra. O que sei é que, desta vez, apesar de ter que deixar algumas leituras a meio (Kazantzakis e Gore Vidal), não vou levar livros físicos (exceto os guias de viagem). Por isso, olhando para o que tenho no Kindle e mais me apetece ler, é este o meu companheiro de viagem:

E pelo que li do capítulo inicial, parece que nos vamos divertir muito.

Obrigado pelos desejos de boas férias. Vou tentar ir enviando umas fotos da viagem por mail para aqui. Não sei se vai resultar. Por isso, se o blog começar a ter posts esquisitos (coisas fora do sítio, ou assim), tenham um bocadinho de paciência que quando eu voltar logo trato disso.

 

“You have your brush, you have your colors, you paint the paradise, then in you go.” 
― Nikos Kazantzakis

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E, pronto, este é o último post comemorativo dos 5 anos do pedrices.

 

Reservei para o final algo diferente. Há uns anos, uma amiga fez uma exposição. Até falei disso aqui. O interessante é que ela convidou algumas pessoas para verem a obra antes da exposição e desafiou-as para escreverem sobre o que viram. A regra era: entram, veem e não se fala mais do assunto. Depois, vão embora e escrevem o que quiserem. Finalmente, na exposição, foi apresentada a obra e os textos.

 

Por isso, o que deixo aqui é a obra da Maribel Sobreira e o texto que escrevi em resposta ao desafio.

 

Espaço, de Maribel Sobreira

 

 

Casulo, de Pedro (eu próprio)

Gostava de saber quantas voltas seria possível dar sobre o meu próprio corpo. Pergunto isto sem obter resposta, os teus olhos vazios fitam-me como que vegetando à volta de nada. Sento-me no chão e apago a luz mas, deixando a janela aberta, há uma brisa que me ilumina um pouco e uma luz que me refresca, fazendo-me sentir um pouco menos só. O quarto, vazio como nada, tolera a minha presença, talvez convencido de que nada poderei fazer para escapar. E, na semi-escuridão em que nos encontramos, as paredes parecem-me tão nuas como eu. O quarto é uma prisão, ou talvez seja o meu único espaço de liberdade. Falo em voz alta para o vazio, tentando comunicar contigo, querendo saber se posso pôr os braços à volta das minhas pernas, dobrar-me e dar um nó. A tua resposta é a mesma, nenhuma. Já nem os teus olhos vejo porque perdi a memória da tua imagem. Levanto-me e encosto-me às paredes, para sentir o frio no meu corpo. O meu peito esmaga-se um pouco, as minhas ancas fazem pressão, os meus joelhos mantêm parte das pernas à distância. Queria ser uma figura plana, grito; queria ser forte, penso. As paredes tornam-se elásticas quando a minha voz consegue falar mais alto. Faço mais força, até sentir dor. Primeiro é só o frio que me incomoda, depois é a pressão, as marcas dos relevos da parede passam a marcas na minha pele. Empurro mais, queria ter mais braços para me espalhar em mais direcções. Deito-me. Estico as pernas contra a parede, para cima. Abro-as. Sou um compasso virado ao contrário. Abros os braços no chão, atiro-os para o ar, sou um gato que caíu de costas. Deixo a noite começar a gelar-me e tento encostar mais partes de mim à parede. Quero sair, crescer para fora do quarto, viver mais, fora daqui. Há uma janela cheia de sons lá de fora, animais, pessoas, música, palavras feias; há fragmentos de conversas que parecem falar de mim, crianças que riem enquanto outras choram. E eu quero tudo. Alcançar tudo, viver tudo, ler tudo, comer tudo, dormir com toda a gente. Por isso faço força contra a parede e tento rompê-la. Não cede. Não consigo ser mais do que sou. Não consigo crescer. Talvez adormeça, de exaustão. Talvez não volte a acordar. Talvez prefira ficar a sonhar. Enquanto não durmo, vou rodopiando, desistindo do mundo lá fora; tapo os ouvidos, porque não quero ouvir que alguém ri quando outro chora, estico o braço, envolvendo um corpo imaginário que é o teu, em vez de o desejar estranho, esqueço os animais na vertigem de que eu sou apenas mais um deles, e estico-me, como um fio-de-prumo, para não ouvir as palavras que, mesmo bonitas, podem sempre dizer coisas feias. Apenas deixo ficar a música, assistindo aos meus dedos a moverem-se ao seu ritmo. E fecho os olhos para ver para dentro de mim, e encontro lá tanto por descobrir. Concentro-me em crescer por mim, em enraizar-me de mim, para que este resto, este eu, agora já sem ti, juntamente com esta solidão, deixem entrar o bafo quente que se solta da janela para me aquecer, em vez do frio das paredes. Estendo novamente os braços e já sinto as paredes mais macias, já me sinto maior. E já não preciso de nada lá de fora. Solto o ar e imagino-me ali para sempre, como se tu não existisses e fosses apenas um doce som que ficou da paisagem, como quando se apaga a luz mas se adormece, já sem medo.


 

 

 

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4º post comemorativo do aniversário do pedrices.

 

Claro que isto não podia passar sem uma lista. Portanto, resolvi fazer escolher os destaques destes 5 anos. Critérios:

 

- um livro por ano sobre o qual tenha escrito aqui. Vá, dois, um de ficção e outro de não-ficção.

- o post que escrevi ter um texto decente

- não pôr livros do Saramago porque se o fizesse já estava tudo escolhido...

 

Pronto, desisti logo do primeiro critério... O segundo foi o possível e o terceiro cumpri quase, ou seja, um dos livros escolhidos foi traduzido por Saramago.

 

5 anos, 5 livros:

O critério para construção da lista passou por escolher um livro para cada ano. Livros que tivesse lido e comentado aqui. A tarefa revelou-se demasiado difícil. Como é que eu podia escolher apenas um em cada ano? Então adicionei o critério da qualidade do post, tentando da pré-seleção escolher aquele cujo post fosse melhorzinho. Impus-me também a regra de não colocar nenhum livro de Saramago, se não, provavelmente, eram 5. E os meus posts sobre ele são sempre demasiado pessoais.

 

O resultado final continuou a ser frustrante e lá tive que eliminar a regra de apenas um: criei a figura do ex-aequo (muito conveniente, de facto) e admiti duas categorias: ficção e não-ficção.

 

Sendo assim, a lista final que se devia chamar 5 anos, 5 Livros, é esta:

 

2008

As perturbações do pupilo Torless, de Musil

Neve, de Pamuk

Crime e Castigo, de Dostoiévski

 

2009

A Ponte sobre o Drina, de Ivo Andric

 

2010

As Benevolentes, de Jonathan Littell

 

2011

Anne Karenine, de Tolstoi

Europe at War, Norman Davies

 

2012

Memórias de Adriano, de Yourcenar

Pós-Guerra, Tony Judt

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Mais um texto comemorativo dos 5 anos do pedrices.

Desta vez deixo aqui um texto sobre uma das minhas maiores paixões, da qual acho que nunca falei – os Açores, em particular, o Pico. Não confundir com o Pico, o cão que, sim, tem esse nome por causa da ilha que, por acaso, também é nome de uma gata que tive. Confuso? Pois, acredito, mas é mesmo assim. Há muitos anos, tive a sorte de a minha turma do secundário ter sido escolhida para fazer um intercâmbio com uma escola açoriana, do Pico. Durante uma semana eles vieram cá e ficaram nas nossas casas, durante outra semana nós fomos lá e ficámos nas casas deles. Foi uma experiência incrível, cheia de emoções próprias da adolescência. No meu caso, ficou para sempre. Fui ao Pico nesse ano e já lá voltei várias vezes. No total, estive nos Açores 5 vezes (curiosa esta insistência do número 5 aqui) e só me falta visitar Santa Maria.

Não vou escrever muito mais sobre essa experiência porque me levaria a caminhos de demasiada saudade, talvez de algum sofrimento. Mas não posso permitir que o meu blog não tenha imagens dos Açores. Porque na altura não havia ainda as facilidades do digital vou só pôr aqui fotos da última viagem. Por isso, apresento-vos a minha última viagem aos Açores (2009):

Itinerário:

Lisboa – Horta (Faial) – Flores – Corvo – Horta (Faial) – Pico

 

Quando se chega ao Faial, é possível ver o Pico ao longe. Ele estava assim quando cheguei. O interessante aqui é poder ver-se o topo, o Piquinho, um sinal de que o visitante é bem vindo. Eu iria apanhar logo a seguir o avião para as Flores, o que me custou bastante porque me apetecia ir para o Pico de imediato. Mas, mesmo assim, ele saudou-me, aparecendo, como sempre fez nas 5 vezes que lá estive. O Pico nem sempre é fácil de ver e há quem passe dias nas ilhas sem que as nuvens o revelem uma vez que seja.

Prossegui então a viagem para as Flores. A ilha que eu mais queria conhecer e que só ao fim de 15 anos consegui, finalmente, visitar. Não tenho uma foto que lhe faça justiça, nem acredito que alguém possa ter.

Quem vai às Flores, dificilmente resiste a um salto ao Corvo, a ilha minúscula que, no entanto, tem um dos maiores tesouros dos Açores, o Caldeirão. Não tive foi a sorte de o ver sem nuvens...

A ilha seguinte foi o Faial. Aqui o destaque é óbvio - o Vulcão dos Capelinhos. Desta vez com a novidade, para mim, de ter um museu (debaixo da terra - aquitetonicamente exemplar) fantástico.

Finalmente, o Pico, a minha paixão eterna. Deixo-o falar por si.

 

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Segundo post de comemoração dos 5 anos do pedrices.

Desta vez, decidi-me a publicar um texto que escrevi há 5 anos e que nunca publiquei. Porquê? Porque não cheguei a terminá-lo e porque, sinceramente, é um texto um bocado caótico. Mas, enfim, decidi-me a deixá-lo aqui, acho que também não faz mal a ninguém. Está como estava quando o "abandonei"...

 

Um Kafka à beira mar, de Murakami

 

Desta vez optei por um exercício diferente.

Estou a ler este livro e vou comentar ao longo dos dias o que me vai acontecendo dessa experiência.

 

O primeiro comentário, ao fim de 100 páginas, é de expectativa e encanto. Sim, estou encantado com o universo que estou a explorar mas, claro, ainda não percebi nada. Temos um miúdo de 15 anos que foge de casa e conhece uma rapariga no autocarro; depois conhece um rapaz na biblioteca que frequenta… Um dia “acorda” sem saber onde e… não sabe o que aconteceu mas tem sangue na roupa… Hum… Ok…

Depois há um velho que fala com gatos e que, pelos visto, foi protagonista de uma outra história – a do incidente da colina tigela de arroz. Ok…

 

E isto irá para onde? Estou louco por saber!

 

Mais umas 50 páginas e continuo aos papéis, expressão particularmente adequada, tratando-se de um livro…

 

Bom… vamos ver, há aqui uns “mistérios”, ou umas linhas de investigação. Tentando perceber:

- o personagem aparentemente principal, que dá pelo nome de Kafka, embora seja mentira, tem 2 mistérios para resolver:

   - quem é a irmã que a mãe levou consigo quando abandonou a família há muitos anos. Claro que isto leva a outras questões, tipo: porque é que a mãe o abandonou a ele, levando apenas a irmã que, ainda por cima era adoptada e ele é filho legítimo. Interessante é que Kafka não consegue evitar pensar, de todas as raparigas que conhece, “será que é esta a minha irmã… poderia ser?

   - o que é que lhe aconteceu quando, um dia, depois de jantar, deu por si a acordar cheio de sangue na roupa num sítio qualquer, sem se lembrar de nada do que o levou ali.

Há ainda outro mistério relacionado com Kafka: quem ou o que é o rapaz chamado Corvo que, volta e meia, aparece, aparentemente, a falar com Kafka…

 

Depois há o mistério da Colina Tigela de Arroz. Ainda estamos para saber que raio lá aconteceu que levou uma data de miúdos a ficarem, aparentemente, inconscientes. Pelo menos já sabemos que muito ficou por contar… A professora lá escreveu uma carta com umas certas confissões…

 

Mas da colina sabemos que resultou um outro personagem: Nakata. Este, anda também nos seus mistérios, sabe falar com gatos e anda a tentar descobrir uma gata que desapareceu.

 

Fico perplexo só de ler o que acabei de escrever. Mas mais que perplexo, deliciado!

-----

 

Bom… Vamos ver… Então, agora o Kafka está numa casa perdida no meio de nada. O amigo dele da biblioteca, deixou-o lá para passar uns dias enquanto vai ver se lhe arranja emprego na biblioteca.

 

Quanto ao Nakata que andava à procura da gata… Bom, digamos que lhe apareceu um cão que o convidou a ir com ele (o Nakata só sabe falar com gatos mas conseguiu compreender este cão e ficou muito surpreendido com isso). O cão levou-o até um homem que sabe onde está a gata… Quem é o homem? É o Johnny Walker, sim! O do Whiskey, ou, pelo menos, ele acha que é. Mas eu ainda não sei que ontem o sono não me deixou ler mais que dois capítulos (um sobre o Nakata e outro sobre o Kafka).

---

Ora bem, o homem do whiskey faz colecção de cabeças de gatos para construir uma flauta… com as almas deles. E quer que o Nakata o mate, se não, não lhe dá a gata que ele anda à procura… E começa a matar gatos À frente dele até o Nakata se passar e acabar por o matar mesmo. Isto do matar gatos implica abri-los ainda vivos, retirar-lhes o coração e comê-lo, com ele ainda a bater. Diz que é uma delícia… !!!

 

Quanto ao Kafka, o amigo foi buscá-lo à cabana… Meu Deus… Onde é que isto vai parar??

--

E pronto… Lá se foi a ideia do diário... Porquê? Porque entrei naquela fase que até temia mas não consegui evitar. Sabem quando estão a lavar os dentes com um livro na mão? Quando estão a cozinhar e aproveitam, enquanto a massa coze, para espreitar mais umas linhas do livro?

Exacto… Murakami apanhou-me, tão bem apanhado como o jovem Kafka foi pelo destino, como o velho Nakata também o foi.

 

Com isto, claro que não houve tempo para diário. E o pior é que aconteceu tanta coisa no livro que eu nunca me hei-de lembrar de tudo. Por outro lado, só há mesmo uma forma de contar o que se lá passa, é escrever o livro, coisa que o Murakami fez…

 

Vou tentar, talvez, ir fazendo alguns comentários sobre “episódios” da história.

 

Comecemos por Oshima, o rapaz que trabalha na biblioteca onde Kafka há-de vir a viver durante uns tempo.

Oshima não é um homem mas sim uma mulher, ou melhor, é uma mulher que é gay. Ou melhor, é uma mulher que é homossexual masculino, ou… Vamos tentar de novo: estão a ver uma mulher? É isso que Oshima é. Só que com duas particularidades, o peito não se desenvolveu e não é menstruada. Ainda assim podemos encaixá-la na categoria de mulher. Ainda por cima, Oshima gosta de homens, como a maioria das mulheres. O que é curioso aqui é que Oshima se sente um homem, veste-se como tal e vive como tal. Ou seja, é do sexo feminino mas do género masculino. Como vive como homem que gosta de homens, é gay. Percebido? Ainda assim, eu resumo – Oshima é uma mulher paneleiro (em português não posso dizer homossexual porque isso tanto dá para homens como para mulheres; não posso dizer gay porque também se pode considerar que engloba lésbicas; portanto, só posso dizer paneleiro, isso é coisa que só um homem pode ser, passo a ironia).

Infelizmente, Oshima participa em muito e tem um papel bastante activo na história mas nunca chegamos a saber grande coisa sobre ele. Tem um parceiro, tem sexo (nunca experimentou sexo vaginal. Obviamente, como qualquer paneleiro, faz sexo anal), tem um irmão, um emprego, uma doença que o faz não poder pegar em facas por causa do risco de se cortar e o sangue não estancar. Sinceramente, só Oshima dava outro livro. Imagine-se, por exemplo, o que é ser gay e conhecer Oshima e, enfim, ir com ele… Chega-se à cama e… bom, há rabo para fazer o que se faz com outros mas… não há pila para ser feito o que outros fazem. Desta perspectiva Oshima é só meio homem. Se calhar, um homem não gay até podia gostar. Mas aí faltam as mamas para apalpar, falta o ar feminino, não falta rabo, é certo, e isso nem todas as mulheres dão. Estranho… muito estranho… Ainda mais estranho porque não parece haver, da parte de Oshima, qualquer vontade de fazer uma operação de mudança de sexo, o caminho que pareceria mais normal.

Uma coisa que me intriga: porque é que insistem com Nakata que não houve guerra entre o Japão e os EUa. Será que essas pessoas é que não são reais??              


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Ainda as obras

10.10.12

Bom, não vale a pena continuar a achar que vou ter isto pronto em breve. Não tenho tido tempo. Portanto, o pedrices agora fica assim. O que quis, acima de tudo, foi passar a ter aquele menu lá em cima para poder organizar melhor as coisas. E este template também me permite alguma personalização. Mas dá um bocado de trabalho ir editar todos os post para ficarem de acordo com o dito menu...

 

E amanhã é dia de Nobel, portanto, a casa tem que estar pronta para o anunciar. Sendo assim, apesar de ter ainda coisas para fazer, o pedrices está oficialmente "reaberto".

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Obras

04.10.12

O pedrices está em obras. Estou a fazer algumas modificações e, portanto, as coisas podem ficar um bocado esquisitas nos próximos dias...

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Este post é um até logo... Vou de férias, não sei bem o que vai acontecer ao pedrices durante esse tempo. Se conseguir, prometo vir cá dar uma notícia ou outra.

Mas queria dizer-vos que, nos últimos tempos, tenho tido um prazer especial em aqui escrever. É bom sentir a vossa companhia. Também por isso, há coisas que irão mudar quando eu regressar. Apetece-me escrever, aqui e ali, sobre outras coisas. O que vai implicar algumas mudanças na organização e desenho do blog.

Mas primeiro as férias e, como podem ver, é um drama escolher os livros para levar. Até vos pedia opiniões, mas acho que não vou ter tempo de as contemplar nas minhas escolhas. Estava assim há bocado:

 

 E agora parece que vai ser assim (valha-me o Kindle e as centenas de livros que lá cabem):  

A foto está péssima... MAs acho que percebem a ideia.. E não sei se esta vai ser a escolha final...

Amanhã vou fazer uma viagem que é muito mais sentimental do que propriamente geográfica. Ir à Grécia foi um sonho sempre adiado mas que finalmente vou concretizar. Amanhã por esta hora estarei a embarcar e, na sexta de manhã, espero estar no oráculo de Delfos – alguém tem perguntas? Depois, vai ser Atenas, Santorini, Naxos, Mykonos, Delos, e ainda uma passagem pelos lagos da zona de Milão, em Itália.

Pensando que alguns de vocês poderão ir passando por cá, deixo um presente, um poema do grego Konstandinos Kavafis. Assim, terão sempre algo que ler. Espero que gostem.

 

Jónico

Porque partimos as estátuas deles,

porque os expulsámos dos túmulos deles,

não morreram por isso os deuses de modo algum.

Ó terra da Jónia, a ti amam ainda,

de ti as suas almas se lembram ainda.

quando amanhece sobre ti uma alba de agosto

pela tua atmosfera perpassa um vigor da sombra deles;

e por vezes uma figura etérea de um

efebo, vaga, de andar rápido,

passa por cima das tuas colinas.

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Isto de o meu blog ter alguns visitantes - digo isto porque, durante muito tempo, não tinha mais que 2 ou 3, todos conhecidos - tem uma vantagem na qual eu nunca tinha pensado. Veja-se o que aconteceu com o post anterior. Vários leitores vieram lembrar os grandes contistas que eu esqueci, e alguns deles até já li.

Por isso, não liguem ao meu post mas sim aos comentários que estão cheios de boas sugestões.

Obrigado!

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