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Captura de tela 2015-04-20 21.37.10.png

Não sabia muito bem quando lá iria. Não sabia bem como ir. Mas sabia que tinha que ir. Este era, talvez, o ponto alto da viagem.

Ouvi falar, pela primeira vez, de Bassae quando li o livro de Mary Beard e eu sabia que quando fosse ao Peloponeso não podia deixar escapar a oportunidade. E porquê este interesse? Primeiro, porque tem a reputação de ser um dos mais belos templos da antiguidade, numa das mais impressionantes localizações. No entanto, há um pequeno pormenor... é que... e peço que continuem a ler mesmo que pareça que enlouqueci, o templo está embrulhado numa tenda.

Sim, o magnífico templo de Bassae (ou Vassaes, que isto de trocar de alfabetos não é ciência fácil) estava de tal forma em perigo de colapsar - porque a chuva tornava o solo instável - que as autoridades resolveram embrulhá-lo numa enorme tenda protetora. Não pensem que é de os gregos serem loucos, este é um monumento da lista de Património da Humanidade da Unesco. Bom, mas adiante, a coisa foi feita nos anos 80, como provisória, claro está, e... bom, por enquanto, está na mesma.

Mas vejamos então, só dizendo antes que foi difícil, muito difícil lá chegar. Estradas terríveis e horas de viagem sob um sol fortíssimo. E mesmo sabendo ao que ia, não pude deixar de ficar espantado com a tenda. 

 

 Ao entrar, desculpem-me os menos sensíveis, apetece chorar. Este templo é o exemplo perfeito daquilo que era a harmonia, à escala humana, de um templo grego. Não há nada numa foto que possa mostrar o que senti, nem sequer o que é ver estas colunas com os nossos olhos. Apeteceu-me ir a correr abraçar alguém por ter tido essa ideia louca de pôr ali uma tenda que talvez seja a razão pela qual, naquele dia, eu pude ver aquele templo. 

 

 

 Não vale a pena perguntar se é comparável ao Parténon. Há o Parténon e há Bassae, tal como há o céu e há o mar. Não interessa comparar, nem escolher, interessa apenas celebrar a oportunidade de já ter visto os dois.

 

Quanto ao sítio, é espantoso. Fica num alto com uma enorme vista que, infelizmente, as nuvens não me deixaram perceber. Mas um templo de Apolo, na Grécia, é sempre garantia de um grande lugar.

Custou sair de lá, mas ficou marcada a visita para o dia em que desembrulhem este presente da humanidade. Espero poder lá estar para poder voltar a vê-lo assim:

Bassae antes da tenda

 

 

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