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Pronto, sim, eu sou uma daquelas pessoas que “não percebe nada de matemática”. Ainda não sou capaz de fazer contas sem usar os dedos e os “problemas” que são apresentados às crianças na escola continuam a ser um desafio para mim. Assim de repente, tenho que pensar muito, e provavelmente não chego lá, se me perguntarem qual é a definição de um número primo, ou o que é afinal o Pi (embora goste muito do filme do Aranofsky com o o mesmo nome). Posto isto, de vez em quando, lá faço umas incursões nestes domínios obscuros, e até já li o Matemática para Totós.
Bom, mas então vamos lá ao livro do post. Este Alex no País dos Números não ensina propriamente a fazer contas. Explica, isso sim, a evolução que a matemática foi tendo e as grandes questões que foram sendo colocadas. É absolutamente fascinante. Desde perceber porque raio é que precisamos de contar (e falando de povos que praticamente não têm esse conceito), até às questões que levanta a existência do Pi, passando pelos jogos tipo Sudoku, o autor leva-nos a percorrer enigmas e soluções com um ritmo espantoso. É, sem dúvida nehuma, o mais agradável e informativo livro que já li deste tipo. Diria que está para a matemática como o Cosmos do Carl Sagan para a ciência (estou a ser muito pouco preciso na utilização do termo “ciência”, mas acho que me podem desculpar). Mas a verdade é que não sou nenhum especialista na matéria e, portanto, é bem possível que haja por aí outros livros bem marcantes que eu não conheço.
De qualquer forma, este é daqueles que não é preciso gostar do tema. É mesmo muito bom. E, finalmente, posso enfrentar conversas onde falem de geometria não euclidiana sabendo o que isso é. E o quanto uma batata pringle pode ser útil para o perceber…
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