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A primeira vez foi em Alvalade. A memória vai-se perdendo, deve ter sido em 93. Veio atrasado, muito atrasado, deve ter sido mais de uma hora. No entanto, um segundo depois já ninguém estava chateado porque já estava compensado. Mas não era ele que estava no palco. Nessa altura, Prince descia, numa espécia de baloiço, do teto do palco até lá abaixo, a cantar My Name is Prince (quando já não era), com a máscara do videoclip. E quando estávamos todos em histeria por estar a vê-lo, tirava a máscara e... não era ele, era a bailarina que até era mulher dele (não sei se ainda é). Só aí é que ele aparecia finalmente. O excêntrico, o estranhíssimo, o desconcertante Artista Antes Conhecido como Prince. Foi um dos concertos mais memoráveis que já vi.
Anos mais tarde, novamente, agora no Pavilhão Atlântico. Não me lembro de ele ter chegado atrasado mas lembro-me de um concerto absolutamente arrebatador do ponto de vista visual e musical.
Prince foi um artista incrivelmente completo, marcante, capaz de influenciar decisivamente o mundo da música. Mas era também um exemplo de irreverência, de ser livre. Odiei-o a princípio, adorei-o, depois e, hoje, com a sua morte, há qualquer coisa nas minhas referências que levou um baque.
E como ele nunca gostou de ter a sua música no Youtube não vou pôr nenhum link nem nada.
Some say man ain't happy truly until a man truly dies
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