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Um ano depois, é como se fosse a primeira vez

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E mais...

23.09.13
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Zorba, o Grego, o filme a partir da obra de Kazantzakis, termina aqui. Para quem viu, foi nesta praia a cena final - Stravos

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O túmulo de Kazantzakis, onde se lê:

Nada espero Nada temo Sou livre

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Em kalamaki

21.09.13
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Porque é que há quem pense que ler é chato?...

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Na chegada a Creta havia uma visita urgente a fazer...

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Há viajantes que defendem que, em viagem, se deve ler um livro que nada tenha a ver com o sítio onde estamos, ou com a viagem. Não sei se concordo. Faço uma coisa e faço a outra. O que sei é que, desta vez, apesar de ter que deixar algumas leituras a meio (Kazantzakis e Gore Vidal), não vou levar livros físicos (exceto os guias de viagem). Por isso, olhando para o que tenho no Kindle e mais me apetece ler, é este o meu companheiro de viagem:

E pelo que li do capítulo inicial, parece que nos vamos divertir muito.

Obrigado pelos desejos de boas férias. Vou tentar ir enviando umas fotos da viagem por mail para aqui. Não sei se vai resultar. Por isso, se o blog começar a ter posts esquisitos (coisas fora do sítio, ou assim), tenham um bocadinho de paciência que quando eu voltar logo trato disso.

 

“You have your brush, you have your colors, you paint the paradise, then in you go.” 
― Nikos Kazantzakis

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Vai ser assim...

13.09.13

 

De Lisboa para Milão

De Milão para Creta

De Creta para Rhodes

De Rhodes para Atenas

De Atenas para Roma

De Roma para Lisboa

 

Não é um poema, mas soa tão bem!

E está quase a sair do "papel" e a tornar-se realidade.

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Demorei 25 anos até ler este livro. Parece uma parvoíce mas é verdade. Este é um dos primeiros livros de que me lembro de comprar. Quer dizer, não fui eu, pois claro, era uma criança, mas lembro-me que fui eu que o pedi, da revista do Círculo de Leitores. Não me lembro de nenhum outro livro de “adultos” (refiro-me a literatura não infantil mas que qualquer pessoa pode ler)  que eu tenha querido antes deste.

Mas, apesar de eu me sentir fascinado com o título, de gostar da capa, de olhar para a revista de forma sonhadora, tive que me confrontar com a realidade quando o livro chegou e eu não o consegui ler. Era cedo, muito cedo para aquilo. O livro foi ficando na estante, ou melhor, foi passando de estante em estante, de casa em casa, tem manchas de velhice mas eatá inteiro. Até agora, permanecia por ler. Apesar de algumas tentativas posteriores, continuei a deixá-lo de lado. Depois, anos mais tarde, acabei por perder um certo fascínio que tinha por temas religiosos. Por isso, passei a olhá-lo mais desconfiado.

Claro que agora, em vésperas de viagem à Grécia, à procura de que leituras fazer, volto-me, uma vez mais para Kazantzakis. No ano passado foi a mesma coisa: “tenho que ler um livro dele”. Só que não li. Acabei por ver o filme, Zorba, o Grego, tentando assim substituir a leitura de Kazantzakis. Nem sequer pensei nesta Última Tentação, não tinha nada a ver…

Este ano vou a Creta, a terra de Kazantzakis, onde espero ver, por exemplo, a sua sepultura (onde estão as palavras -  I hope nothing. I fear nothing. I am free. - sobre isto, e como isto me toca, talvez fale um dia, quando vir). Naturalmente, tenho pensado em lê-lo, só deixei para mais perto da data da viagem. Encomendei da Amazon o seu livro Report to Greco (não encontrei em português) que foi o que escolhi e talvez dele dê conta aqui mais tarde. Comecei a ler e… não sei o que dizer, permitam-me uma pausa…

 

Kazantzakis é, para mim, tão intenso que até incomoda. Li apenas o prefácio o e o início. Parei. Não é fácil lê-lo, ainda por cima em inglês. Mas fiquei em estado de epifania. O resultado foi ter ido à estante para pega na Última Tentação. De repente, depois daquelas páginas incríveis do Greco, precisava de ver como é que era em português, como seria ler Kazantzakis na minha língua, como seria, tantos anos depois, pegar naquele livros, agora que o seu autor já significava algo para mim. Abri o livro e li as 2 ou 3 páginas introdutórias. Pensei, ainda não é isto, deixa só ver os primeiros parágrafos. Só parei 100 páginas depois.

 

Não há maneira de descrever o turbilhão de sensações que tive a ler este livro. Eu não sei se Balzac desmaiou a ver arte em Florença, como se diz, dando origem ao nome desse síndrome de Balzac, o que eu sei é que eu quase me senti fisicamente mal disposto com a intensidade da experiência. Kazantzakis parece estar sempre à beira do sublime, parece que não há frases normais, parece que não há vulgaridade. Eu sei que é um livro sobre Jesus, eu sei que é o livro de um homem apaixonado por deus mas, caramba, eu sou um ateu, eu não tenho nada a ver com aquilo, como é que eu fiquei tão tocado? Pois, como sempre, a chave está no homem. Neste caso, um grego, Nikos Kazantzakis, que é, aposto, um dos maiores escritores que o mundo viu, ou verá.

 

Entretanto, sobre o livro propriamente dito, fica a história de Jesus e essa outra perspetiva: de quão pesado poderia ser para um homem o fardo de ser filho de deus.

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Já falta pouco para a minha nova viagem à Grécia e, por isso, as leituras começam a centrar-se no tema. Depois de no ano passado ter finalmente lido a Ilíada, desta vez foi a Odisseia. Mas não foi uma leitura normal. Quer dizer, até foi, para os padrões do próprio Homero, terá sido. Quero com isto dizer que decidimos, cá em casa, ler a Odisseia em voz alta, tal como os antigos faziam, pelo menos antes de ela ser um livro. Durante várias noites, depois do jantar, lemos cada um dos cantos em voz alta para percebermos melhor o que era isso da tradição oral das histórias gregas. E devo dizer que, por um lado, tornou muito mais viva a experiência mas, por outro, colocou em evidência, de forma particularmente intensa, as limitações de uma tradução em verso de uma das obras fundadoras da literatura mundial.

Sobre a Odisseia não me atrevo a tecer comentários. É a maravilhosa história de Ulisses e é fantástico conhecer, em primeira mão, o grande herói da guerra de Tróia, bem como personagens que estão no nosso imaginário: Penélope, Atena, Zeus, Telémaco, Calipso, etc. O livro nunca é aborrecido e é, muitas vezes, verdadeiramente empolgante.

É incrível que só desde há poucos anos exista uma tradução em verso para português. No entanto, não deixo de perceber agora melhor porque é que ainda não tinha sido feita e porque é que tantas vezes se opta (tanto em português como noutras línguas) por traduzir em prosa. É que a verdade é que, apesar do trabalho notável de Frederico Lourenço, há passagens que traduzidas são.. pobres. A nossa língua não será provavelmente a que mais longe fica, em termos de riqueza, do grego antigo. Mas, ainda assim, fica pobre. Há repetições constantes que talvez  façam sentido em poesia no grego mas que não ficam bem em português. Um trabalho meritório, sem dúvida, mas que nos faz sentir ainda mais o quanto nos faz falta alguns conhecimentos de grego.

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