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Li Naipaul há muitos anos e sempre tive vontade de voltar. Especialmente porque, embora o “tema” África não me seduza nada, adorei o livro. Naipaul dá às suas histórias, e aos seus personagens, contornos tão ricos em termos de diversidade de origens (ele próprio é assim) que consegue tornar tudo muito mais sedutor do que poderia ser.
Finalmente, voltei a lê-lo. Neste caso, a estrutura do livro é curiosa. É um misto entre romance e livro de contos. Primeiro, lê-se uma história, depois outra e, às tantas, chega-se a uma maior, com o mesmo título do livro. As histórias são, de facto independentes, e até se passam em locais diferentes. Mas a impressão de unidade é notável. São pessoam num limbo, talvez desenraizadas, talvez só perdidas, talvez só insatisfeitas.
Não é, suponho, do melhor Naipaul que se pode ler, mas serve como introdução e é, de facto, uma viagem porque o poder de nos transportar para o cenários em que as histórias ocorrem é, aqui, invulgarmente poderoso.
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