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Felizmente, o ano que agora termina foi fértil em grandes leituras e, por isso, posso destacar vários livros. A ida à Grécia condicionou, a partir de certa altura, as minhas leituras mas, dos 70 livros que li, ficam estes como destaque:
- O grande clássico de Orwell, 1984. A ler com urgência na era do facebook. Ou como aquilo que parecia tão assustador, se calhar, hoje muitos até gostam.
- Céline e a sua grande Viagem ao Fim da Noite. Não sei se alguma vez voltarei a ler Céline. A experiência não é nada agradável. Mas é assim a grande literatura, é como a vida e, portanto, tem coisas más, ou muito más.
- Middlesex de Jeffrey Eugenides. Adorei este livro. É rico, é divertido, é empolgante. E, ainda por cima, fala dos gregos e da sua “odisseia” pela América.
- As Partículas Elementares, de Michel Houelebecq. O destaque é quase inevitável por causa do radicalismo do autor. É bom que ainda haja gente assim. Mas que perturba, lá isso perturba.
- O Teu Rosto Será o Último, João Ricardo Pedro. Um dos poucos autores portugueses do ano (não me interessa de onde vêm os livros, interessa-me é o que eles são), mas uma prova de que se fazem boas coisas por cá.
- Roma - Ascensão e Queda de um Império, Simon Baker. Esta é a grande introdução à história de Roma. Agora que já passaram vários meses, percebo melhor o impacto deste livro. Não por aquilo que ele é mas pelo que provocou. É um daqueles livros que nos ensinam a querer saber mais. E, realmente, foram vários os que li por causa deste.
- Civilização Grega, André Bonnard, um livro deslumbrante, com tradução de Saramago e com tudo o que a Grécia nos trouxe. Mesmo as coisas más.
- Eu, Cláudio, de Robert Graves: este livro fixa muito daquilo que um romance histórico deve ser.
- Blankets: a minha estreia nas novelas gráficas. Blankets é uma maraviha, um livro lindíssimo e para o qual olho com um sorriso nostálgico cada vez que o vejo.
- Ilíada, Homero. Como não destacar?
- Pós-Guerra, de Tony Judt - Este é fácil de classificar. Assim: um dos livros mais importantes que li na vida.
- Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar. Às vezes, quando um livro acaba, apetece chorar. E depois apetece sorrir porque sabemos que ali teremos um porto seguro. Foi uma releitura, foi só a primeira.
- Biografia do Filme, de Marc Cousins: uma belíssima história do cinema. Contada de forma inteligente e com o foco naquilo que interessa.
E agora pegando no post que escrevi com os meus planos para 2012.
Cumpri:
- Prestei a minha homenagem anual a Saramago, relendo A Caverna
- Li o Middlesex do Eugenides, e em muito boa hora o fiz
- Voltei a ler Murakami
Falhei:
- Não li Coetzee. O que não é só imperdoável, é estúpido!
- Não li Pamuk, idem
- Ainda não passei do 3º volume do Proust. E não adiantei grande coisa num ano inteiro.
- Não experimentei nenhum dos americanos: Franzen, Pynchon, DeLillo ou Oates
Portanto, a lista de falhas tem conversão direta para lista de planos para 2013. Mas há muito mais. Deles falarei à medida que for lendo.
Bom Ano de 2013!
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