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Antes de ir, antecipei os três grandes momentos da viagem: Delfos, claro, pelo poder “mágico” do sítio; o Parténon que, só por si, valeria uma visita à Grécia, e Delos. Só que de Delos eu sabia muito pouco. Hoje, é uma ilha-museu. Vai-se de barco e tem que se sair de lá, algumas horas depois, quando o último barco deixa a ilha e esta “fecha”. Tal como na antiguidade, ninguém lá nasce, ninguém lá morre. Chegou a ser proibido.
Uma das razões pelas quais Delos é tão especial tem a ver com o facto de ficar mais ou menos no meio daquilo que se chama as Cíclades. O conjunto de ilhas que se dispõem de forma circular à volta de Delos. Mas claro que a mitologia é sempre mais atraente: foi ali que nasceu Apolo (e a sua irmã Artémis). O que é realmente interessante neste lugar onde nasceu o deus do Sol é precisamente o sol. Todos os guias avisam que ele é forte. E parece que os próprios estudos científicos confirmam: ali, os raios desol incidem de forma particularmente intensa. Bom, isso não facilita a visita. Para além de não ser fácil manter os olhos abertos, o calor pode tornar-se insuportável.
Quando se chega, começa-se logo a perceber que o complexo é enorme. Creio que só em Pompeia é que estive num sítio arqueológico tão grande
Para um dos lados, é a zona residencial. Delos chegou a ser uma grande cidade, muito importante como entreposto comercial, com destaque para o tráfico de escravos.
Para o outro lado, fica a parte mais fascinante, a dos santuários.
Estes são os famosos leões que guardam o local onde nasceu Apolo (onde está a palmeira):
Outro ícone de Delos:
A ilha é muito pequena e vê-se nas poucas horas em que lá se pode estar. Os barcos levam os truristas e levam-nos de regresso a Mykonos. Não se pode ficar na ilha. MEsmo assim, já não é mau. Na antiguidade o local era tão sagrado que não se podia nem nascer nem morrer em Delos...
Há um pequeno monte, cuja paisagem é extraordinária. Fui lá mas não consigo descrever nem quero mostrar fotos, é uma experiência demasiado forte, demasiado íntima.
De volta a Mykonos, pude ficar a contemplar Delos. Mas lamento não ter palavras para explicar melhor o que é lá ter estado. E refiro-me em especial da Delos, mas também a toda a viagem.
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