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Cara lavada

30.11.11

Resolvi lavar a cara ao Pedrices. Nunca me preocupei muito com o aspeto do blog, e até continuo a não me preocupar, na verdade. No entanto, se sou eu quem mais vezes o vê, há que reconhecer que me cansei um bocado do design. Por isso, sem estar completamente satisfeito, fica assim. Os templates do Sapo ajudam imenso, não me estava a ver a criar o design de um blog. Pelo menos, por agora, quem sabe um dia.

 

E diz-me o google que até há umas pessoas que me costumam visitar, talvez gostem da mudança.

 

Boas leituras!

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Em Junho de 2009, neste mesmo blog, escrevia eu que tinha que ler mais Hemingway. Tinha lido o Adeus às Armas numa tradução que detestei. Só agora, passado todo este tempo, voltei a lê-lo. Desta vez, não tenho reparos a fazer à tradução, mas continuo pouco convencido em relação ao escritor.

É claro que este é um livro que vale bem a pena ler. Gostava era que, sendo ele como é, tivesse menos umas 200 páginas, creio que não se perdia nada. E ganhava-se muito.

Há aqui dois planos a considerar: a história de amor que vai ocorrendo ao longo do livro, a qual, apesar de um ou outro momento a fugir para o pindérico, tem o seu quê de romance empolgante e enternecedor.

Mas não foi por isso que eu me pus a ler este livro, a ideia era chegar à guerra civil espanhola, assim como no Adeus às Armas o que eu queria era a Grande Guerra. Bom, de facto, os livros de Hemingway são extremamente eficazes em colocar-nos “lá”. Passamos uns dias com os guerilheiros nas montanhas. Pena que eles sejam tão pouco interessantes como pessoas. De qualquer forma, vão contando coisas sobre a guerra, vão-nos fazendo mergulhar no conflito, com uma perspetiva bem de dentro, talvez demasiado. Apetecia-me saber mais sobre os contextos, sobre as razões que levaram ao conflito. Mas o livro não é sobre isso, paciência (as tais 200 páginas a mais podiam ser…). Como não tenho nada que querer mudar as intenções do autor, suponho que não me posso queixar  muito. Continuo à espera de encontrar um Hemngway que me convença, no qual eu sinta um grande escritor, não apenas “jornalista” a descrever a ação. Pode ser que encontre, ou pode ser que não lhe volte a pegar. Não saio desta leitura com a sensação de tempo perdido, mas também não ganhei assim tanto, e da guerra civil espanhola, apenas fiquei a conhecer melhor algumas atrocidades.

Já agora, as considerações sobre os espanhóis são tão interessantes quanto absurdas. E isso é polémica que até traz um certo picante à obra.

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Este é um daqueles livros que, uma vez lidos, nos obrigam a olhar para a história de forma diferente.

  

Depois de ler este Europe at War eu já nem sequer tenho a certeza de que o desembarque na Normandia seja uma coisa assim tão espetacular. E olhem que eu li este livro precisamente porque ia lá ver as praias e me apetecia ler sobre a guerra. É claro que o heroísmo não está posto em causa. Mas a relevância que damos ao lado ocidental da guerra tem sido completamente desproporcional. Por mim falo, e creio que por muitos.

 

O que Norman Davies mostra é a forma como esta foi uma luta, não entre o bem e o mal, mas sim entre o mal e o mal, havendo porventura uns bons pelo meio, que não tiveram outro remédio senão unir-se a um dos maus e, com isso, safarem uma parte do mundo – esse dos bons. Mas havia também uns inocentes na história, meia europa, mas “do outro lado”, a qual foi sacrificada e continuou a viver, de certa forma, tão mal como antes. E nós, aqui deste lado, talvez não tenhamos uma noção sequer aproximada do que isto significa.

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Deixa cá ver… gostei e não gostei. Pois, quer dizer, gostei de o estar a ler mas não gostei do livro. Sim, é isso. Ou talvez não.

 

Pronto, como se vê, não sei muito bem o que dizer. E já não seria mau se soubesse o que pensar.

 

Vamos por partes. O livro é tudo menos mau. O escritor escreve bem, muito bem até. O tom confessional é atraente, a brincadeira de o livro ter sido proposta do médico que, depois, o publica por vingança, é gira, embora relativamente inconsequente – sabe-se ao princípio, percebe-se só no fim e, no fundo, não interessa nada. A história girar à volta das tentativas de deixar de fumar também é, no mínimo, divertido. Pronto, está lá tudo, leiam que é giro.

 

Mas eu não gostei. Pronto. Ao mesmo tempo, reconheço que li com entusiasmo. Acho que é dos poucos livros onde a escrita é tão agradável que já não interessa nada do que ali está a ser dito. Não da mesma forma que o Proust, aí transpira-se de seca mas suspira-se de prazer com a estética. Não, acho que Svevo tem tudo. Só que para mim não.

 

Devo ser daqueles que ainda não aprenderam a ler – isto é uma boca foleira ao texto do António Lobo Antunes no início do livro J.

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