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Foi há cem anos que saíu o primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido, aquele que é um dos mais importantes clássicos da literatura.
Ainda estou bastante atrasado, só li os três primeiros volumes. Ando a ler, devagar, já desde 2010. Andei a percorrer o pedrices e lá encontrei uma entrada onde disse:
Comecei a ler Proust. Sim, exatamente, o Em busca do tempo perdido. Por isso, talvez só volte daqui a 7 volumes, ou daqui a 7 anos, o que acontecer primeiro.
Tenho gostado de voltar a Proust de vez em quando. Dois dos livros, demorei meses a completar; já o primeiro, li mais rápido. A sensação que tenho, a cada página, é a de perfeição da escrita. Quando se fala da literatura como arte, basta ler Proust para perceber o que isso quer dizer. As frases são elaboradas, perfeitas, deslumbrantes.
Talvez não demore 7 anos a ler. Mas não tenho pressa, gosto desta sensação de que ainda tenho muito Proust pela frente.
«O amor?», respondera ela uma vez a uma dama pretensiosa que lhe perguntara: «Que pensa do amor?» «O amor? Faço-o muitas vezes mas nunca falo dele.»
Proust, in Em Busca do Tempo Perdido - Do Lado de Guermantes, p.195
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