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Para preencher os espaços em branco...

 

 

"A geração dos anos ___ estava satisfeita por ter segurança económica e voltar as costas à mobilização política e aos seus riscos consequentes; os seus filhos, a muito maior geração dos anos___, só tinham conhecido a paz, a estabilidade política e o Estado-providência. Tomavam estas coisas como garantidas."

 

in Pós-Guerra, de Tony Judt

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Talvez essa atitude hoje se tenha perdido um pouco. A vontade de ver, a falta de espírito crítico, o comodismo, talvez tenham feito com que se perdesse a noção de que, às vezes, "retirar-se" é uma atitude ativa.

 

Não vou falar do governo e da política que tem sido seguida. Não vou porque isso implicaria muito tempo, talvez muitos posts. Fazer um juízo crítico da atualidade deveria exigir uma atitude de reflexão, de ponderação séria. E tenho visto muito pouco disso. A maior parte das opiniões que tenho visto são tão pouco consistentes e tão pouco ponderadas que me obrigariam a começar a um nível demasiado elementar.

 

Quero, por isso, cingir-me a um episódio simples, a manifestação que vimos em Lisboa ontem. Portanto, sem comentar as razões dos manifestantes, e aceitando que é normal, e saudável, que as pessoas lutem por aquilo em que acreditam (mas lamentando que não reflitam seriamente sobre isso), quero apenas perguntar: se estou numa manifestação e aparecem pessoas de cara tapada, se estou numa manifestação e uma série de gente começa a usar da violência mais primária e ilegítima, devo continuar lá? O que me assusta no que aconteceu não é o excesso de uma minoria, o que me assusta é a grande maioria que lá permaneceu, assistindo ao que se passava sem tomar a atitude de se retirar. Esperava ver o largo meio vazio, mas não. Milhares de pessoas aceitaram estar presentes. Ter razão implica, por vezes, dizer não. Lutar implica, por vezes, retirar-se, não aceitar ser cúmplice de atitudes condenáveis.

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"(...)

Não seria mais simples, nestas circunstâncias,

que o governo dissolvesse o povo

e elegesse outro?"

 

Brecht 

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Celebrate

07.11.12

"The best is yet to come"

Obama

 

Espero que consiga. Para tal, era preciso ganhar as eleições, e isso já está!

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Obama II

06.11.12

Já uma vez celebrei a vitória de Obama:

http://pedrices.blogs.sapo.pt/2722.html

 

Hoje, espero que se repita.

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A Europa que atualmente está a ser tão maltratada. A Europa que é a construção política mais extraordinária desde a democracia grega. A Europa que os cidadãos, por falta de perspetiva histórica, teimam em desprezar. A Europa que foi a única forma de este continente conseguir viver em paz (e não todo, ainda). A Europa que nos une com todas as enriquecedoras diferenças que temos. Essa Europa, aquela que não é só economia, venceu hoje o prémio Nobel da Paz. E, de facto, poucas instituições alguma vez terão feito ou farão tanto por ela.

 

Parabéns União Europeia e obrigado!

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Tenho gostado de ver o alvoroço que os poemas de Gunter Grass têm provocado, pelo menos na Alemanha.

 

Não que concorde com as suas mensagens, até acho que o último defende a Grécia com argumentos pré-históricos. Mas há qualquer coisa de fantástico ao ver que um poema ainda causa impacto. Que um prémio Nobel ainda faz poesia, e a publica num njornal, como forma de intervenção.

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Estou profundamente chocado com este artigo do Vasco Graça Moura, um intelectual prestigiado e que sempre foi capaz de argumentar de forma, no mínimo, decente.

 

Isto... é reles, ordinário e ofensivo para qualquer democrata.

 

http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1376419&seccao=Vasco%20Gra%E7a%20Moura&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

 

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Sobre votar

15.09.09

 

Uma conversa que ouvi ontem na rua:
- Vais votar?
- Eu não!
- Eu também não!
- Eu já da outra vez, que não sei para que é que era, não fui!
- Eu? Votar para lhes andar a encher o cú? Não!
Podem dizer o que quiserem dos políticos e da sua falta de qualidade…. Podem vir com os clichés do “são todos iguais”. A mim, parece-me, que este tipo de discurso é que é sempre igual. O desprezo por aquilo que é importante, o declinar da opção de ter uma palavra a dizer, a ignorância.
Quem é que falava de suspender a democracia por uns meses?...

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Rebater as teses de Fukuyama e do seu fim da história tornou-se um exercício vulgar e quase obsessivo desde que essa tese foi apresentada. No entanto, tal como aconteceu com O Choque das Civilizações de Huntington, não era fácil perceber, no mundo real, quem tinha razão.
 
Kagan volta ao debate e afirma que o fim da história foi uma ilusão. Cheia de boas razões para ter existido mas uma perigosa ilusão. É certo que dizê-lo hoje é mais fácil. O mundo está cheio de bons exemplos que o podem confirmar.
 
Kagan pega nesses exemplos e desenvolve: o mundo caminha para um dualismo entre democracias e autocracias. Estas últimas provaram que podem resistir e, até, prosperar. China e Rússia são os exemplos. A forma como devem as democracias reagir é um dos pontos sobre os quais o autor se debruça.
 
A tese não é tanto a de que estamos num novo mundo, onde as autocracias podem prosperar. Pelo contrário, o mundo está a regressar a um certo século XIX, orientando-se esses Estados com uma lógica que a democracia liberal tem investido em superar.
 
Apesar do óbvio interesse deste ensaio, não se pode deixar de relativizar as teses de Kagan, e pelos mesmos motivos de sempre. Não creio que já seja possível dizer que os povos governados por autocracias não vão querer libertar-se do autoritarismo e enveredar pela democracia. Não me parece que já seja certo que isso não possa acontecer. No fundo, Kagan acredita que fomentar a democracia no Médio Oriente poderá produzir enormes mudanças nesses países, no sentido da liberalização. Porém, parece não acreditar no mesmo para a Rússia ou a China. Nesta, a posição pode até ser mais defensável. Todavia, na Rússia, um país que parece capaz de mudar de orientação a cada líder que tem, não me parece tão fácil ter certezas.
 
Uma belíssima leitura para pistas sobre o mundo de hoje. Com reservas sobre a capacidade de entender o mundo de amanhã. Leia-se em conjunto com O Mundo Pós-Americano de Fareed Zakaria, para uma visão mais abrangente (há um post sobre esse por aí).

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