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Há momentos fantásticos neste livro, pois claro. Mas o melhor foi ter-me lembrado de ir ver o site.

E, assim de repente, há duas entrevistas a duas grandes figuras. Ainda não li, mas há momentos em que se assina em branco.

 

Entrevista a George Steiner

http://www.theparisreview.org/interviews/1506/the-art-of-criticism-no-2-george-steiner

 

Entrevista a Susan Sontag

http://www.theparisreview.org/interviews/1505/the-art-of-fiction-no-143-susan-sontag

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2009

04.01.10

 

De 88 livros que li este ano (nem todos tiveram post), fica o balanço/destaque. Omeu 2009 em livros foi assim:

 

Gente Feliz com Lágrimas, de João de Melo

 

Continuo a pensar neste livro, de como me sentia feliz por estar a lê-lo. É raro e é bom.

 

O que diz Molero, de Dinis Machado

 

Aqui não se trata de sentir felicidade, é mesmo de rir às gargalhadas. Uma grande descoberta.

 

A Estrada, de Cormac McCarthy

 

Não é tanto o livro, é mais a escrita. Tão seca, brutal e contundente. Um autor a explorar mais, talvez já em 2010.

 

A Ponte sobre o Drina, de Ivo Andric

 

Outro que não me sai da cabeça. Um dos melhores livros que li. Só pode ter sido o melhor do ano.

 

Abril Despedaçado, de Ismail Kadaré

 

A descoberta de um grande escritor, confirmei-o depois com o Palácio dos Sonhos. Mas este Abril… o que mostra não é deste mundo. Ou é, e não se acredita.

 

A Portuguesa e Outras Novelas, de Robert Musil

 

Ainda não foi desta que li O Homem sem Qualidades. Não faz mal, enquanto houver Musil para ler, eu estou bem. Não que seja agradável, não que seja fácil. Mas porque há ali qualquer coisa, como estas histórias demonstram, que sai do que é normal conseguir meter-se nas páginas de um livro.

 

 

 

 

Para além dos livros, há autores que também li mas dos quais não me apetece destacar nenhuma obra em particular. Valem por si, basta que escrevam, eu quero ler: Pamuk, Coetzee e George Steiner.

 

E, finalmente, Saramago. Talvez só ele pudesse encontrar as palavras para explicar o que sinto quando leio os seus livros.

 

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Outros Livros

16.06.09

 

Isto das férias e de ter mais tempo para ler faz com que seja impossível ter o blog actualizado. Já nem vou tentar… Para além de um texto sobre Kadaré, ainda por escrever, os outros vão ficar aqui, não por serem livros menores mas porque obrigariam a um comentário muito mais elaborado do que aqueles que por aqui tenho deixado. A verdade é que nem costumo pôr aqui as minhas impressões sobre livros que não sejam do tipo romance. No entanto, creio que vale a pena destacar alguns dos que li neste período.

 
Em primeiro lugar, O Mundo Pós-Americano, de Fareed Zakaria. Trata-se da apresentação de uma tese na qual estamos a chegar ao mundo multipolar, a grande realidade das próximas décadas será a ascensão de países como a índia e a China. Nesta análise, Zakaria (autor do igualmente interessante O Futuro da Liberdade) faz uma análise tão lúcida sobre aspectos que por aí se vão comentando sem rigor e isenção que, creio, este devia ser um livro obrigatório para quem gosta de frases do tipo “não gosto de americanos”. É que perceber minimamente o mundo na sua multiplicidade, e em particular as relações internacionais, não se coaduna com típicos comentários de treinador de bancada. Zakaria tem uma tese perfeitamente refutável um muitos pontos, limitada noutros, brilhante aqui e ali. Porém, o que ressalta é a seriedade do estudo e das conclusões. E isso já é muito mais do que se consegue ler por aí sobre estes temas.
  
George Steiner é um pensador extraordinário. Para além do seu saber enciclopédico é um escritor vivo e sedutor. Por isso, ler Os Livros Que Não Escrevi, é um prazer. Porque nos permite privar com a forma como Steiner pensa (parece pensar connosco) e, neste caso, conhecer os temas que lhe interessam e sobre os quais gostaria de ter escrito. Para além disso, o alcance e ecletismo do seu pensamento surpreendem e, ainda mais, porque é difícil que alguém encontre interesse em todos estes ensaios (de tão diferentes que são) mas não é difícil que em todos eles se encontre o prazer de uma deliciosa leitura.
 
Gostava também de aproveitar para destacar um pequeno livro que li há algum tempo: História da Filosofia, de Rafael Gambra. Não se trata de uma obra de grande fôlego, destinada a tornar-nos mestres na matéria. Mas é uma excelente síntese, útil a quem queira conhecer as bases ou a quem queira relembrar um ou outro aspecto da evolução filosófica. Gambra aborda as grandes correntes da filosofia e os grandes pensadores de uma forma sedutora e esclarecedora. É capaz de ser um livro para estudantes do secundário, é certo, mas que pena eu não o ter lido na altura, tudo teria sido tão mais fácil. E talvez já o tivesse relido mais vezes…
 
Por último, a poesia, género que não frequento e com o qual não simpatizo particularmente. Por um lado, porque me sinto preso à língua (a tradução, na poesia, é ainda mais problemática que na prosa e, num certo sentido, muito mais infiel) e raramente a leio se não souber lê-la na sua língua original. Por outro, pelo facto de a prosa me parecer capaz de fazer tudo o que a poesia faz, sem que o contrário se verifique. Passando ao que interessa, li Na Terra e no Inferno, de Thomas Bernhard. E não, não sei alemão, li a tradução. Confesso que alguns dos poemas me pareceram impressionantes. Todavia, este é um primeiro livro de Bernhard em que ele parece querer experimentar um pouco de tudo, dar a sua própria voz a vários dos modelos típicos da poesia. E a voz de Bernhard acrescenta valor, embora de forma desigual. É certo que deixou de escrever poesia porque apenas a prosa lhe permitia dizer aquilo que queria. E eu acho que ainda bem. Ainda bem que ficaram estes poemas, ou alguns deles, porque são uma grande experiência; ainda bem que procurou a sua expressão na prosa, porque o imenso poder da sua escrita pôde assim encontrar o seu melhor caminho.

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