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E se todos tivessemos um implante que filma tudo o que fazemos e, portanto, pudessemos aceder às nossas memórias a qualquer momento? E se as pudessemos projetar, a qualquer momento, num ecrã e mostrar aos outros? Como seria uma discussão entre um casal, havendo esse recurso? Até que ponto poderíamos exigir ao outro que nos mostrasse as suas memórias para aferir da verdade do que nos está a dizer que fez?
E se estivessemos permanentemente rodeados de ecrãs com programas a passar e com publicidade que nos dava créditos para a vermos mas que também obrigasse a ter crédito caso não a quiséssemos ver?
E se a reação de um primeiro ministro à chantagem de um rapto estivesse refém dos tweets e reações do público nas redes sociais?
E se, perante a morte de alguém querido, pudessemos fazer upload de toda a sua informação online para um programa informático que seria capaz de interagir connosco como se fosse essa pessoa?
Estes são apenas alguns dos exemplos que servem de base a uma séria perturbadora que tenho andado a ver: Black Mirror. Está no Netflix e funciona com episódios independentes uns dos outros mas que são intrigantes e cheios de questões assustadoras sobre a tecnologia e a forma como ela nos pode trazer novos e incrivelmente complexos problemas éticos.
A ver, para pensar.
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