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Confesso, não sem tristeza, que apesar de Saul Bellow ser um dos escritores que mais queria conhecer, especialmente depois de ter lido uma sua entrevista à Paris Review, a coisa não correu bem. Para dizer a verdade, o interesse mantém-se. Herzog é um monumento em termos de construção de personagem, a ideia deste homem, professor de filosofia, muitas vezes rezingão, com uma vida bastante mal resolvida que escreve cartas a toda a gente, vivos ou mortos, e depois não faz nada com elas, é profundamente interessante (acho que a carta a Niezstche podia justificar um livro inteiro). Mas faltou-me a parte emocional. Achei o Herzog relativamente chato. Com problemas que qualquer homem mais expedito teria resolvido muito melhor. Mas isto é um elogio. Quanto mais um personagem me irrita mais o reconheço como complexo e capaz de provocar emoções. Mas não me seduziu e acabou por ser uma leitura um bocado… chata, pronto, é isso.
Claro que ter confirmado que o Saul Bellow é um grande escritor me faz estar ainda mais ansioso por ler o outro livro que lá anda em casa - um destes dias, lá chegarei às Aventuras de Augie March.
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