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De Hamsun, li Fome e Pan. Se o primeiro me impressionou sem me deixar apaixonado; o segundo, não me deixou com nada. Estou a escrever isto e a tentar lembrar-me do livro e... nada. O que vale é que, nestas coisas, nem sempre respeito as minhas sensações. Ou talvez as respeite mesmo muito. É que este Mistérios atraiu-me desde que ouvi falar nele na TSF. Não liguei muito por causa das experiências anteriores com o autor. Só que o livro não me largou - sim, sim, às vezes, eles andam mesmo atrás de nós, perseguem-nos durante anos, aparecem quando menos os esperamos e, quando já pensávamos ter esquecido, lá estão eles outra vez. Posto isto, lá me pus a ler. Fiquei imediatamente agarrado, o que era a melhor coisa que podia acontecer para que eu não desanimasse. Mas não havia esse risco. Mistérios começa com um homem que chega a uma terra, e pouco explica sobre quem ele é e o que lá está a fazer. Na verdade, o texto alterna entre dois tons - um de narrativa mais tradicional, onde o narrador conta a história; e outro, muito mais interessante, que desafia e desconcerta o leitor. Na passagem entre um e outro tom somos apanhados desprevenidos mas, no meu caso, somos deliciosamente levados. Senti que o interesse do livro se vai perdendo um pouco à medida que avança. Ainda assim, desta vez, foi memorável.
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