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Sempre vi O Homem Duplicado como uma espécie de OVNI na obra de Saramago. Isto por causa do lado “thriller” que o livro tem. Ou seja, há uma certa altura em que este livro é quase um policial, é intrigante e emocionante, viciante. Nada disto é aquilo que habitualmente sinto nos livros de Saramago. Daí tê-lo sempre considerado como um caso à parte. No entanto, nesta releitura fiquei mais com a sensação de que O Homem Duplicado é uma versão simplificada de Todos os Nomes. O Homem Duplicado trata da história de Maximiliano Máximo Afonso, um professor de história que, um belo dia, vê num filme um ator que é igual a ele próprio. A partir daí, a história desenvolve-se em torno da investigação que o professor vai fazer para descobrir quem é este seu duplo/clone. Já em Todos os Nomes, o Sr. José passa o livro todo a tentar também descobrir quem é a pessoa por trás de um nome com o qual se cruza. Todos os Nomes é um livro muito superior a todos os níveis, mas isso não tira interesse nenhum à leitura de O Homem Duplicado. Agora, há que ver o filme, estou bastante curioso porque sempre achei que este era o livro mais óbvio para passar a filme na obra de Saramago.
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