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De Hamsun, li Fome e Pan. Se o primeiro me impressionou sem me deixar apaixonado; o segundo, não me deixou com nada. Estou a escrever isto e a tentar lembrar-me do livro e... nada. O que vale é que, nestas coisas, nem sempre respeito as minhas sensações. Ou talvez as respeite mesmo muito. É que este Mistérios atraiu-me desde que ouvi falar nele na TSF. Não liguei muito por causa das experiências anteriores com o autor. Só que o livro não me largou - sim, sim, às vezes, eles andam mesmo atrás de nós, perseguem-nos durante anos, aparecem quando menos os esperamos e, quando já pensávamos ter esquecido, lá estão eles outra vez. Posto isto, lá me pus a ler. Fiquei imediatamente agarrado, o que era a melhor coisa que podia acontecer para que eu não desanimasse. Mas não havia esse risco. Mistérios começa com um homem que chega a uma terra, e pouco explica sobre quem ele é e o que lá está a fazer. Na verdade, o texto alterna entre dois tons - um de narrativa mais tradicional, onde o narrador conta a história; e outro, muito mais interessante, que desafia e desconcerta o leitor. Na passagem entre um e outro tom somos apanhados desprevenidos mas, no meu caso, somos deliciosamente levados. Senti que o interesse do livro se vai perdendo um pouco à medida que avança. Ainda assim, desta vez, foi memorável.

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Já tinha saudades de ler Philip Roth. É um daqueles valores seguros. Sei que se tudo o resto não funcionar, terei sempre o Roth. Assim foi com esta Lição de Anatomia. Aqui, o alter-ego do autor, Zuckerman, é o personagem principal e tudo gira em volta do seu problema de saúde que lhe dá dores que o obrigam a passar grande parte do tempo quase imobilizado. Claro que num livro de Roth isso não é motivo para não ter sexo, ser terrivelmente desagradável com quase toda a gente e fazer coisas que, enfim, já se espera que sejam feitas. É um livro curto, e não acrescenta grande coisa a quem conhece obras como o Teatro de Sabbath, para citar só o mais radical. Até sou capaz de admitir que a repetição dos temas - condição do judeu; taradice sexual; frustração intensa - pode ser cansativa. Mas não é. Quando se trata de ler Roth nunca me aborreço, pelo contrário, consigo divertir-me tanto como me irrito. E já devo ter dito mil vezes o quanto gosto de livros que incomodam.

Não seria a minha primeira recomendação para ler Roth, mas também não vejo motivo para o deixar de fora.

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2016

30.12.16

Como este ano quase não houve posts, fica aqui a lista dos meus destaques de 2016

 

Em Busca do Carneiro Selvagem e Dança, Dança, Dança - finalmente, reencontrei o Murakami de que mais gosto. Estes dois livros foram leituras compulsivas, cheias de encanto e entusiasmo

 

A Sala de Vidro, de Simon Mawer - Uma casa que é uma personagem, a arquitetura como protagonista. A Europa a ficar feia e uma casa que assiste a tudo. O meu grande livro de 2016.

 

Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante - não se sai inteiro da escrita desta senhora. Até me sinto intimidado para me lançar nos outros livros. Mas fica marcado o encontro para 2017.

 

Hotel Sunrise, de Victoria Hislop - uma surpresa enorme. Um livro que me serviu de introdução ao Chipre para onde viajei este ano (junto com a Grécia, claro). E foi realmente a melhor leitura que podia ter feito. Estava à espera de literatura completamente light e saí rendido ao talento para cruzar a ficção com a história de um país.

 

Os Sonâmbulos, de Cristopher Clark - melhor livro que já li sobre a 1ª Guerra Mundial. Pormenorizado, intenso, compulsivo. E capaz de mudar a visão que me habituei a ter sobre o conflito.

 

Cidade Aberta, de Teju Cole - se soubesse escrever assim, este é o livro que eu escrevia. Isto é que é divagar e ter mesmo o que contar.

 

Mas este ano também me trouxe o Netflix e uma “série de séries” que vi de fio a pavio com imenso entusiasmo:

 

Orange is the New Black - a vida numa prisão feminina, cheia de peripécias. Está a ficar cada vez mais negra, de temporada para temporada, e cada vez mais interessante.

 

How I Met Your Mother - sim, sim, é uma série cheia de parvoíces. Mas encanta-me as estratégias narrativas que desafiam e baralham. Fica a impressão de que não sabem contar uma história de forma linear, e isso é o melhor.

 

Suits - esta bateu mesmo. Nem sei bem porquê mas há personagens fascinantes e uma intriga ao estilo escritório de advogados que é muito mais sofisticada que aquilo que estava habituado.

 

OA - estreou há poucas semanas. Ainda só tem uma temporada. Mas gostei tanto, tanto, que nem sei explicar. 

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Hoje foi anunciado que a Cornucópia vai fechar. É devastador ver uma companhia de teatro morrer. Especialmente uma como esta. Não posso deixar de me sentir um pouco culpado, por tanto anos sem lá voltar.

Não sei já dizer quantas peças lá vi, nem quais. Mas lembro-me de que o mais impressionante espetáculo que vi em cima de um palco foi lá, a Afabulação de Pasolini foi tanto um murro num estômago como um contacto com o sublime. No final, lembro-me que me apetecia aplaudir de joelhos em vez de ser de pé.

Espero que ainda se resolva.

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Primeiro, foi a premissa do livro que me atraiu:

Através das ruas de Manhattan, um jovem médico nigeriano deambula sem destino. 

Promete, não é? Também pode não resultar mas fiquei entusiasmado, lá o comprei e, porque havia outros à frente, acabei por deixá-lo na estante e fui-me esquecendo dele. Em boa hora, muito boa hora, lhe peguei há uns dias. O livro não só cumpre o que promete mas, para mim, foi uma surpresa total. Esperava fragmentos interessantes, pequenas histórias de pessoas comuns, talvez ricas pela vertente humana. Mas o que li não é só isso. Há momentos neste livro que são quase tratados. Discussões acutilantes sobre problemas complexos, como o terrorismo ou a discriminação. É admirável a forma como o autor consegue, relatando pequenas conversas, captar o essencial mas sem ficar pela rama. Houve momentos em que tive que parar de ler para ficar só a pensar, raras vezes fiquei tanto tempo parado a olhar para um livro a tentar perceber o argumento do outro e as suas consequências. Portanto, aquilo que me parecia uma leitura engraçada foi muito mais do que isso.

Há também uma honestidade que surpreende. Por exemplo, quando o narrador descobre que um certo grupo de pessoas com quem está são ruandeses. A forma como eles mudam aos seus olhos, por saber de onde são. Quantas vezes isto nos acontece, mas não se vê escrito desta forma tão concreta.

Depois, hás as cidades, neste caso, Nova York, mas também Bruxelas; esta última, insuspeita de ser uma boa “personagem” para um romance, não ficou nada mal. Fiquei a pensar que deve ter sido a primeira vez que li algo sobre Bruxelas num livro de ficção. Uma cidade tão cosmopolita e tão central mas que parece estar sempre fora das atenções (a não ser, claro, que haja uma desgraça). De certa forma, as instituições que lá estão são protagonistas de tal forma poderosas que o cenário passa para segundo plano. Não sei porquê mas Londres ou Paris nunca se deixam abafar. Lembrei-me de alguns dias que passei em Bruxelas, há alguns anos, anos em que se podia olhar para a diversidade de Bruxelas, para o seu cosmopolitismo, como um sinal de dinamismo, de centralidade. Agora, quando tudo o que é diversidade aparece tantas vezes descrito como sinal de tensão, apeteceu-me recordar esses anos. Apeteceu-me passear no Martim Moniz, em Lisboa, o ponto da cidade onde mais se sente o mundo, e fazer o mesmo que o autor deste livro: deambular, ouvir, pensar, discutir, conhecer o outro para me conhecer melhor. As cidades abertas são tão melhores que as cidades fechadas.

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Black Mirror

01.11.16

E se todos tivessemos um implante que filma tudo o que fazemos e, portanto, pudessemos aceder às nossas memórias a qualquer momento? E se as pudessemos projetar, a qualquer momento, num ecrã e mostrar aos outros? Como seria uma discussão entre um casal, havendo esse recurso? Até que ponto poderíamos exigir ao outro que nos mostrasse as suas memórias para aferir da verdade do que nos está a dizer que fez?

 

E se estivessemos permanentemente rodeados de ecrãs com programas a passar e com publicidade que nos dava créditos para a vermos mas que também obrigasse a ter crédito caso não a quiséssemos ver?

 

E se a reação de um primeiro ministro à chantagem de um rapto estivesse refém dos tweets e reações do público nas redes sociais?

 

E se, perante a morte de alguém querido, pudessemos fazer upload de toda a sua informação online para um programa informático que seria capaz de interagir connosco como se fosse essa pessoa?

 

Estes são apenas alguns dos exemplos que servem de base a uma séria perturbadora que tenho andado a ver: Black Mirror. Está no Netflix e funciona com episódios independentes uns dos outros mas que são intrigantes e cheios de questões assustadoras sobre a tecnologia e a forma como ela nos pode trazer novos e incrivelmente complexos problemas éticos.

 

A ver, para pensar.

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Algures nos meus tempos de criança, ao ouvir falar de Nobel pela primeira vez, devo ter pensado em porque raio não haveria um Prémio Nobel da Música.

Pensei mas passou. Entretanto, cresci, percebi melhor o que era o Nobel e habituei-me a que cada macaco fique no seu galho.

Ontem, preparei-me para o ritual anual de descoberta. Todos os anos, muita gente afia as garras para se lançar nas críticas às escolhas do Nobel da literatura, destacando-se aqueles que acham sempre a escolha muito má. Eu, que tenho esta ideia de que o mundo é grande demais para eu o conhecer em detalhe, fico sempre na expetativa. O Nobel da literatura é uma oportunidade de descoberta para mim. Já li muitos prémios Nobel que não gostei; nunca li nenhum que não fosse bom. Se alguém tivesse que passar pelo mundo e os únicos livros que lesse fossem só de prémios Nobel, não ficaria mal servido; perderia, no entanto, outros que são tão bons ou melhores. Pois claro, é a natureza das coisas.

Adiante, ontem preparei-me para: ou festejar o Nobel do Roth; ou festejar de outro autor que conheço; ou para descobrir um novo. Nada disto aconteceu. Este ano o Nobel da Literatura não foi para um escritor.

Afinal, foi atribuído o Nobel da Música mas, a sério, precisavam de acabar com o da literatura para criar este?

 

P.S.: Compreendo a ideia e admiro imenso o Dylan. No entanto, este Nobel é chama-se da literatura, desculpem, mas este era da LITERATURA.

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Zorba (?-2016)

09.10.16

zorba e eu.jpg 

Há cerca de 2 anos, falei aqui e aqui do Zorba pela primeira vez.

Hoje, demasiado pouco tempo depois, volto a falar para anunciar que ele nos deixou. O Zorba foi o gato mais fantástico que conheci e, por isso, só posso estar grato pela enorme sorte que tive. No entanto, há alguns meses, começou a emagrecer de forma notória e muito rápida. O Zorba tinha Felv (a leucemia dos gatos), pelo que sabíamos que, a qualquer momento, isso o levaria para longe de nós. Ainda assim, o Zorba mostrou sempre uma grande força. Ainda hoje, perto do fim, o médico nos dizia que o estado dele mostrava que só com muita força de viver ele podia ter chegado até aqui. Tenho a certeza de que viveu feliz estes últimos 2 anos. Depois de o trazermos da União Zoófila, o Zorba só foi melhorando, ficando cada vez mais bonito, simpático, meigo e inteligente. Até que a Leucemia levou a melhor e, esta noite, os órgãos do Zorba entraram em colapso.

 

Não é só a nós que o Zorba deixa. Também o Ícaro, o segundo gato, adotado algum tempo depois, fica hoje mais só. Ultimamente, tem passado um mau bocado porque, de repente, o "mano" deixou de brincar com ele e passou a evitá-lo. Mas cá estaremos para lhe dar tudo o que ele precisar, tal como fizemos com o Zorba.

 

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Adeus, Zorbinha, e obrigado pelo tempo que estiveste connosco.

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Gostava muito de escrever um texto ponderado e com uma análise mais aprofundada. Mas, para além de não haver tempo, neste momento, é-me impossível não reagir “a quente”. Mas, vamos lá, que assim ainda é mais genuíno.

 

Acordei às 8 da manhã com o alerta no telemóvel a dizer que o Não tinha ganho. Tornou-se impossível voltar a dormir (ainda não estava na hora de acordar). E logo me ocorreram alguns pontos:

 

- Mais uma vez foi feito um referendo sobre a UE (que tanto é acusada de ser anti-referendos e anti-democrática). Mais uma vez, um país da União, através desse referendo, deu uma machadada no projeto europeu. Nunca vi nenhum líder europeu fazer tanto mal ao projeto como vi em vários referendos que foram feitos. Refiro-me ao chumbo da constituição europeia (basta lembrar a França) ou à não adesão da Noruega.

 

- Dir-se-á que a União não pode ser construída de costas voltadas para a vontade popular. Responderei que é assim que se avança, grande parte dos avanços civilizacionais não são feitos por referendo, são feitos pela convicção e coragem de alguns que conseguem ver mais longe e nos levam para a frente. Como se pode de forma tão simplista perguntar só sim ou não a algo como um projeto de união, de cooperação, de integração como aquele em que temos participado e que tem mantido a Europa em paz e (obviamente relativa) harmonia?

 

- A UE que temos, que tantos acham um fracasso, devia ser admirada só pelo simples facto de existir. Onde mais há um projeto em que países tenham abdicado de soberania para avançarem em conjunto e serem mais fortes uns com os outros do que só uns que os outros?

 

- O racismo, a intolerância, o nacionalismo xenófobo tiveram um peso neste resultado. Só por isso, porque é fácil apelar a esses sentimentos, referendar um tema com esta complexidade, e que deixa que esses temas se misturem, é um profundo disparate.

 

- As consequências dos “Nãos” nestes referendos nunca são apenas para aqueles que votaram. Nem só para esse país. Mas, mesmo assim, gregos, ingleses, franceses, irlandeses, etc, fazem referendos que põem em cheque todos os outros povos.

 

- Talvez um dos pontos mais interessantes seja o facto de os ingleses terem querido sair de uma União que não seria como é. Ou seja, Cameron negociou com a Europa uma série de exceções para o Reino Unido e, mesmo assim, o Não ganhou. Terá ganho o Não à atual União ou à União que aí viria? E como se consegue no simplório referendo acomodar essa diferença?

 

- A Europa funciona a várias velocidades e isso não é um defeito, é uma característica. É impossível que as pessoas se unam de forma simples e sem problemas, sem avanços e recuos. Por isso, a UE  pode perfeitamente viver sem o Reino Unido, a questão é que era muito melhor que estivéssemos juntos, todos.

 

- Se isto significar um contágio e houver mais países a sair não é a União que perde, são as pessoas. É cada um de nós, aqueles que gostam de viver em paz, que gostam de viajar e conhecer os nossos vizinhos, que gostam de comer comida diferente, experimentar dizer “obrigado” noutras línguas que não se conhece, ter orgulho de viver numa parte do mundo onde os valores essenciais são importantes e estão consagrados de alguma forma.

 

- A primeira consequência “explosiva” talvez não se dê na Europa mas no próprio Reino “Unido”. A Escócia, que votou maioritariamente no Sim e há tão pouco tempo decidiu manter-se no Reino “Unido” tem agora um motivo forte para se separar, uma vez que quer continuar na União. Irónico que um estado que é, no fundo, uma federação, ou uma União, seja precisamente aquele que quer sair para recuperar soberania. A Irlanda do Norte talvez possa cumprir aquilo que a história um dia há de querer ver feito, a unificação da Irlanda, uma Irlanda única, numa europa unida, sem o Reino “Unido” de Inglaterra e Gales.

 

- A falta de perspetiva histórica é uma coisa assustadora. Achar que a Europa de estados isolados é melhor que a Europa que temos vindo a construir com a UE é revelador de uma ignorância profunda. Mas o pior não é isso. O pior é que, goste-se ou não da integração europeia, há algo que é incontornável, é que os problemas que enfrentamos são, cada vez mais, globais. Precisam de respostas concertadas, precisam que demos as mãos, não que nos viremos de costas uns para os outros. A UE, cheia de problemas, pois claro, não é o problema, é, pelo contrário, uma das poucas formas que temos de encontrar soluções. Aliás, tem-se visto que cada vez que prevalecem os egoísmos nacionais é o conjunto que fica a perder.

 

- O problema da Europa não é a UE, são os europeus que preferem ser do contra do que contribuir para as soluções.

 

- O problema da falta de liderança europeia não é um problema de não haver consulta às populações, é o problema de não haver coragem de ignorar e enfrentar o populismo e seguir em frente, por um futuro melhor, e de paz.

 

- Não precisamos de menos Europa, precisamos de mais Europa.

 

Pronto, por agora chega, há dias tão tristes que parecem um sonho mau. Acima de tudo, espero que os ingleses voltem depressa!

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Prince

21.04.16

A primeira vez foi em Alvalade. A memória vai-se perdendo, deve ter sido em 93. Veio atrasado, muito atrasado, deve ter sido mais de uma hora. No entanto, um segundo depois já ninguém estava chateado porque já estava compensado. Mas não era ele que estava no palco. Nessa altura, Prince descia, numa espécia de baloiço, do teto do palco até lá abaixo, a cantar My Name is Prince (quando já não era), com a máscara do videoclip. E quando estávamos todos em histeria por estar a vê-lo, tirava a máscara e... não era ele, era a bailarina que até era mulher dele (não sei se ainda é). Só aí é que ele aparecia finalmente. O excêntrico, o estranhíssimo, o desconcertante Artista Antes Conhecido como Prince. Foi um dos concertos mais memoráveis que já vi.

Anos mais tarde, novamente, agora no Pavilhão Atlântico. Não me lembro de ele ter chegado atrasado mas lembro-me de um concerto absolutamente arrebatador do ponto de vista visual e musical.

Prince foi um artista incrivelmente completo, marcante, capaz de influenciar decisivamente o mundo da música. Mas era também um exemplo de irreverência, de ser livre. Odiei-o a princípio, adorei-o, depois e, hoje, com a sua morte, há qualquer coisa nas minhas referências que levou um baque.

E como ele nunca gostou de ter a sua música no Youtube não vou pôr nenhum link nem nada.

 

Some say man ain't happy truly until a man truly dies

 

 

Sign O' The Times

 

 

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